quarta-feira, 16 de abril de 2008

EXERCICIO DE CIDADANIA VI

EXERCICIO DE CIDADANIA VI
(TESTAMENTO)




Agora o índice aumentou na minha área
Ta alarmante. Já vi essa historia antes
O que na boca de político e promessa
na favela é kaô,
Quem não tem competência conta historia
não sai da cadeira e não passa a bola
Está pela lua, a carta dezoito do TARO de Marcelle
É blábláblá... kaôkaôkaô...
Já pensou!...
Será que o mosquito não pica quem doa?
Não sou vaca de presépio
Se eu não morrer de uma bala
Morro de uma picada de um mosquito
Eu não doei o meu sangue para
que antes da morte, tivesse
coragem, peito e força pra falar.
E veja como isso e prazeroso, me dá tesão
porque enquanto o Senhor Mora num apartamento luxuoso
Eu moro num barraquinho, e atrás do meu barraco passa um esgoto.
É por isso que falo com prazer. Se eu não morrer de uma bala
eu morro pela a picada do mosquito; dele não da pra correr.
Mas não foi o aedes aegypti; permita me tirar o senhor! Foi você.
Não me envergonho de ser negro
não me envergonho de morar em uma favela do Rio de Janeiro
Eu só me envergonho de ter votado errado.
Sou Pai Sidão. Todos que beijam minha mão e tomam a benção, são meus filhos porque eu os abençoei... não morro mais, porque estou na mente de cada um deles.
é pela google que eles conseguem chegar à câmera e vasculhando os documentos de reuniões, eles conseguem vir o que o senhor está armando. É pelo computador que eles se espalham e aprendem com o senhor a jogar as mesmas cartas, visitam o congresso e fazem amigos. Na casa de Pai Sidão eles são unidos, ecumênicos, se misturam pra mudar esta pouca vergonha. Na minha cultura afro brasileira, o sumo da folha verde é mesmo que sangue, sangue negro, axé. Mas na bandeira do Brasil tem amarelo. Pesso à meus filhos, para não amarelar, mais se misturar. Porque essa nação e verde e amarela. Não aceito esse holocausto, e os senhores, não estão passando batido. Este ano é curto, é ano de eleição, quem não morrer, não vai esquecer da sua má administração.

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2008.
Escrito por Casa do Pai Sidão

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